A pauta da semana no poder foram as indicações de Flávio Dino pro STF e Paulo Gonet pra PGR. Dino dispensa comentários. Eu gostaria que houvesse a indicação de uma mulher negra? Sim. Eu tenho alguma crítica à indicação do Flávio Dino? Nenhuma. Sobre representatividade falo em outro post, nesse eu quero comentar a leitura que fiz da indicação de Paulo Gonet, um bolsonarista pra PGR.
A questão ao meu ver vai na seguinte linha. Pra garantir a indicação de Dino, era imprescindível a aceitação pelo senado, onde os bolsonaristas possuem número expressivo, mas tem reiteradas vezes votado com o governo. Um dos casos mais emblemáticos foi quando o próprio marginal Bolsonaro pediu a um senador bolsonarista que votasse contra a reforma da previdência, e este negou pois já havia assumido compromisso. Pois bem, o senado está sob a competência da PGR, Bolsonaro não está mais. Daí ter na PGR um procurador que já recebeu elogios rasgados de Bia Kicys, por exemplo, dá um alento aos bolsonaristas de ter ali alguém que, pelo menos, os ouvirá com carinho. Já pra Bolsonaro a diferença entre o PGR ser o Gonet ou ser o Jaiminho da vila do Chaves é quase nenhuma. Bolsonaro não possui mais foro por prerrogativa. Ele é investigado por promotores de justiça oficiantes no 1° grau, daí os senadores ganharam o discurso de que estão assegurando na PGR um protetor pra Bolsonaro, mas na verdade a negociação ali é pra proteger a eles mesmo. Bolsonaro que se lasque pra lá, afinal, rei morto, rei posto.
Marcelo Amil é advogado, defensor geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas, ex-presidente da Comissão de Esportes, saúde e bem estar da OAB/AM Imortal da Academia Amazonense de Direito Desportivo e da Academia de Letras e Culturas, e foi candidato a prefeito de Manaus em 2020.
Instagram do autor AQUI
Twitter do autor AQUI
Este artigo não reflete necessariamente a opinião do site sendo de inteira responsabilidade do autor.
Mín. 23° Máx. 31°
Mín. 23° Máx. 30°
Chuvas esparsasMín. 23° Máx. 29°
Chuva