O machismo é um fenômeno cultural e histórico que perpetua a desigualdade de gênero com o objetivo de marginalizar e desvalorizar a contribuição feminina na sociedade. A partir deste conceito, portanto, a fala do presidente Lula, em um evento público, em nenhum momento pretendeu desvalorizar ou marginalizar as mulheres em geral e, em particular, a Deputada Federal Gleisi Hoffmann.
No caso específico e no contexto em que foi pronunciado, sua intenção foi mais um gesto de gentileza e reconhecimento das mulheres, na pessoa da Deputada, reflexo de sua militância no campo da esquerda e no cenário político.
Vale lembrar que existe uma corrente partidária de que a esquerda é composta única e exclusivamente por "mulheres feias". Este discurso pretende desqualificar a luta da mulher por igualdade de gênero e perpetuar o machismo. Isso é muito mais prejudicial do que constatar a beleza feminina.
No entanto, este preconceito não ecoa na mesma proporção na sociedade. "Mulher feia" não é apenas um ataque; evidencia a necessidade de uma reflexão sobre como a mulher é percebida e valorizada por uma parte da sociedade.
É essencial, portanto, não apenas discutir ou criticar o machismo, impulsionando algo como machista quando o ato, por si só, revela o respeito e a valorização das mulheres. Afinal, nenhum presidente na história do Brasil prestigiou e valorizou as mulheres com cargos de relevância como Lula.
Por tudo isso, dizer que a fala "mulher bonita" está carregada de machismo não passa de um equívoco epistemológico.
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